sexta-feira, 18 de abril de 2008

POEMA I

ABRIL E NOVEMBRO

À boca de Novembro e com Abril
tanto dentro da boca!

Resta Novembro à esquina
de cada tropeção dado em Abril.

E as águas que caíram por Abril
em Novembro se irão.

Se irarão os fumos de Novembro
se Abril ainda abrir?

Coisas, de Novembro e ossos frios
e Abril de memória.

Coágulos do tempo:
em Novembro me lembro sobre Abril.

A. M. Pires Cabral (Portugal)

1 comentário:

Anónimo disse...

gostei muito do texto